Este devia ter sido de facto o primeiro texto do
blogue, contudo como já tinha escrito o anterior, passei esta reflexão para
segundo texto.
Sendo este um blogue sobre Política convinha dar uma
opinião sobre a situação actual em que o País se encontra.
Como é do conhecimento geral, o país encontra-se
debaixo de uma intervenção externa, vários anos de défices excessivos, o
aumento da dívida pública (a meu ver impagável) e uma queda do sector produtivo
levaram a que os cofres do Estado ficassem depauperados e com efeito, fosse
necessária a intervenção da famosa Troika a fim de ajudar a solucionar os
nossos problemas financeiros.
Quando foi anunciada a vinda da Troika pessoalmente
até fiquei aliviado, esperava-se desde há muito essa intervenção e acima de
tudo, era uma forma de com a “desculpa” das imposições exteriores fazer-se a
tão esperada reforma no País. A juntar a isso, li com agrado o Memorando
(agradecimento ao blogue Aventar pela tradução) e nem me pareceu tão duro como
me parecia o seu congénere aplicado à Grécia.
Posto isto, votei num dos Partidos que apoiava a
Troika e que acabou por figurar no Governo (qual foi? Adivinhem!) e até tinha
bastante boa impressão e esperança no novo elenco. Após ler o Memorando e o
programa de ambos os Partidos, de ver a velocidade com que foi formado e o
tamanho do novo executivo fiquei convencido que algo de novo poderia surgir no
horizonte.
Hoje confesso que me sinto enganado e defraudado.
Esperava um Governo com coragem para cortar a sério na despesa (as minhas
ideias para esses cortes ficam para outro texto) com coragem para atacar certos
lobbies e interesses (que também serão referidos nesse texto) e sobretudo que
não fizesse toda a política baseada no aumento da receita.
A juntar a isso, a dificuldade de comunicação quer
interna, quer externa, a atitude agressiva e beligerante (a forma como tratam a
Oposição ou mesmo o Tribunal Constitucional) e a falta de seriedade e
meritocracia (ver casos como Miguel Relvas ou de Miguel Gonçalves) acabam por
manchar a imagem deste Governo.
Com tudo isto, o falhanço no cumprimento das metas
assumidas e a contestação cada vez mais vigente, pede-se a sua demissão. E depois?
Perguntam vocês. Isso será discutido noutro texto.
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