terça-feira, 23 de abril de 2013

Sobre a Situação Política em Portugal



Este devia ter sido de facto o primeiro texto do blogue, contudo como já tinha escrito o anterior, passei esta reflexão para segundo texto.
Sendo este um blogue sobre Política convinha dar uma opinião sobre a situação actual em que o País se encontra.
Como é do conhecimento geral, o país encontra-se debaixo de uma intervenção externa, vários anos de défices excessivos, o aumento da dívida pública (a meu ver impagável) e uma queda do sector produtivo levaram a que os cofres do Estado ficassem depauperados e com efeito, fosse necessária a intervenção da famosa Troika a fim de ajudar a solucionar os nossos problemas financeiros.
Quando foi anunciada a vinda da Troika pessoalmente até fiquei aliviado, esperava-se desde há muito essa intervenção e acima de tudo, era uma forma de com a “desculpa” das imposições exteriores fazer-se a tão esperada reforma no País. A juntar a isso, li com agrado o Memorando (agradecimento ao blogue Aventar pela tradução) e nem me pareceu tão duro como me parecia o seu congénere aplicado à Grécia.
Posto isto, votei num dos Partidos que apoiava a Troika e que acabou por figurar no Governo (qual foi? Adivinhem!) e até tinha bastante boa impressão e esperança no novo elenco. Após ler o Memorando e o programa de ambos os Partidos, de ver a velocidade com que foi formado e o tamanho do novo executivo fiquei convencido que algo de novo poderia surgir no horizonte.
Hoje confesso que me sinto enganado e defraudado. Esperava um Governo com coragem para cortar a sério na despesa (as minhas ideias para esses cortes ficam para outro texto) com coragem para atacar certos lobbies e interesses (que também serão referidos nesse texto) e sobretudo que não fizesse toda a política baseada no aumento da receita.
A juntar a isso, a dificuldade de comunicação quer interna, quer externa, a atitude agressiva e beligerante (a forma como tratam a Oposição ou mesmo o Tribunal Constitucional) e a falta de seriedade e meritocracia (ver casos como Miguel Relvas ou de Miguel Gonçalves) acabam por manchar a imagem deste Governo.
Com tudo isto, o falhanço no cumprimento das metas assumidas e a contestação cada vez mais vigente, pede-se a sua demissão. E depois? Perguntam vocês. Isso será discutido noutro texto.

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